segunda-feira, 23 de maio de 2011

Amor, ódio, indiferença

Ontem li uma crônica da Flávia Gusmão no Jornal do Comercio falando sobre Amor, Ódio e sobre como as pessoas falam que um é antônimo do outro. E como isso é tão irreal. Abaixo, algumas partes:

“0 ódio jamais poderia ser o antônimo de amor simplesmente porque um é tão onipresente, tão onisciente, quanto o outro............ Quando amamos, o primeiro pensamento do dia – aquele mesmo antes de tirar a cabeça do travesseiro e esfregar os olhos – é para o objeto do nosso amor. Com o ódio também, só que é um pensamento acompanhado por um leve alterar do ritmo cardíaco, uma espécie de extra-sístole, a arritmia causada, entre outras coisas, pelo estresse.

A indiferença, esta sim, é o antônimo do amor. Porque ela é a negação espontânea daquilo que já vivemos um dia. .................. A indiferença só aparece depois que tudo deixou de existir, o amor e o ódio que passaram através da gente e fizeram um estrago danado. O ódio é como amor de malandro, a gente mantém ele junto mesmo que nos espanque e maltrate. Até o dia em que a gente realiza: eu não preciso disso. A indiferença é uma companheira sossegada, amiga da tranquilidade e absolutamente incorruptível. Quando ela chega, nada mais nos abala: nem a ingratidão, nem a desfaçatez, nem as mentiras.”


Sou uma pessoa que demora a chegar ao estágio da indiferença. Que é capaz de deixar que as pessoas, por causa disso, sejam amigos ou amores, façam um estrago danado em minha auto-estima. Eu sempre tive a teoria que só consigo me desligar se for matando aos pouquinhos. Sempre quis ser como algumas amigas que tiravam o outro da mente e do coração imediatamente após o rompimento. Eu nunca consegui.

Se durante todo o processo isso me faz sofrer. Em compensação, no dia que digo Basta!, não dói, não corta, não magoa. É como se toda a dor tivesse sido digerida e não existisse mais. E você volta a fazer algo que pensava que nunca mais iria conseguir: VIVER.

Nenhum comentário: