sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

It's over

No começo a gente pensa que não vai conseguir. É uma angústia imensa, uma dor no peito, um imenso vazio. Acorda pensando, dorme pensando, a cada lugar lembra de um momento, a cada música que toca um sorriso ou uma lágrima. E pensa, será que isso vai ser assim pra sempre?
Depois de um tempo a gente percebe que já não espera tanto o telefone tocar, que outros assuntos nos distraem e que as despedidas dos cada vez mais raros encontros já não doem tanto.

Mas o que mais incomoda, é uma nova sensação de vazio trazida pelo fim das conversas intermináveis, do prazer de estar junto, da cumplicidade no olhar, do saber sem precisar falar. Encontrar alguém com quem você seja você mesma, sem disfarces e que te faça sentir inteira acontece as vezes só uma vez na vida. E pra muitas pessoas, talvez nunca aconteça.

Mas amizade necessita de adubo, cultivo, interesse, demonstrações de carinho, mesmo que esporádicas. Se isso não ocorre, esse amigo que tanto te ensinou, que te fez rir, que esteve junto pra dividir, crescer, aprender estava ali apenas de passagem ou por uma razão específica. Foi importante? Sim, foi muito importante, mas apenas durante um tempo.

Tudo que resta dali pra frente são as lembranças. Mas estranhamente é essa consciência de que o fim já não incomoda tanto que dói. Muito.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Eu não ligo.
Eles não ligam.
Ninguém liga.
No fim, a gente se desliga.......